quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Seguir a vida caminhando sozinha tem sido um desafio que enfrento todos os dias, mas tenho a esperança de um dia chegar ao final dessa jornada como uma vencedora.

Eu já sorri querendo chorar.

Eu já disse “se cuida” querendo eu mesma cuidar de alguém. Eu já disse “tchau” querendo ficar. Eu já disse “estou bem” querendo gritar pra quem pudesse ouvir que tudo estava uma verdadeira merda. Eu já falei “tá frio” quando eu só queria um abraço. Eu já perdi pessoas importantes pelo meu orgulho. Eu já disse “adeus” querendo dizer “se pudesse ficaria aqui com você pra sempre”. Eu já disse “eu te amo” em tom de brincadeira, sendo que era a mais pura verdade. Eu já deixei de fazer, e falar tantas coisas por medo. Eu já abaixei a cabeça, para não brigar com alguém que amava muito. Eu já menti, achando que estava protegendo uma pessoa. Eu já fui sincera, e quebrei muito a cara. Eu já calei, quando a minha vontade era de gritar o mais alto possível. Eu já perdi tanta coisa nessa vida, pessoas, momentos, histórias, por puro medo. Medo de fazer as coisas do meu jeito. Medo por magoar alguém com as minhas atitudes. Medo de estar fazendo a coisa errada. Mas tudo que eu não percebi é que estava fazendo tudo errado para mim. Eu ferrei com a minha vida aos poucos. O medo de tentar fez com que eu fracassasse e chegasse aonde estou agora, no fundo do poço.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

” Tão indecifrável essa pequena (…)


Daquele tipo que nunca liga pra nada, que tá sempre distraída, sempre sorrindo, sempre mal decidida, afinal tomar decisões nunca foi o seu forte, com medo de escolher o errado, sempre preferiu se manter imparcial perante muitas situações. Sempre fingindo achar graça das idiotices que escuta. Irônica e sarcástica, você nunca saberá se ela está realmente sorrindo porque gosta de você ou se ela te acha um completo idiota. Vai saber né. Indecifrável, é o que ela é.

Sempre com os amigos do lado, saindo, se divertindo, sem se importar com o amanha, ou com o que vai acontecer depois. Talvez não pareça, mas de tanto sofrer, ela ficou fria, de tanto ser pisada, aprendeu a pisar. Talvez ela tenha apenas desistido (…) não de viver, mas de se importar, tantos já passaram pela roda gigante de sua vida, tantos já decepcionaram-a, que talvez essa tenha sido sua escolha, distanciar-se, apenas.

Não vive triste por isso, pelo contrário, aprendeu a se valorizar, e gostar mais de si, e aproveitar as oportunidades, por menor que sejam. Ela apenas quer ser livre, ser dona de seu próprio mundo, e se trancar nele quando achar necessário.

Esperar pelo amor não faz parte de sua rotina, muito menos correr atrás dele (…) apenas espera que as coisas tomem seu rumo, se for pra ser, vai ser.

Ela é exatamente o mistério que muitos tentam desvendar, nenhum até hoje conseguiu fazê-lo e acabar com seu encanto, e ela não se envergonha de dizer … Não se Apega Não ! Mas não tem jeito. Quanto mais as pessoas tentam não se apegar, mais se apegam à ideia de descobrir quem é ela. Porque ela é assim, irônica, sarcástica, misteriosa, indecifrável e viciante.

Enquanto não encontra motivos suficientes para mudar, continua assim, com essa vidinha de vai-e-vem, sem muitas emoções, sem exacerbar sentimentos, apenas (…) vivendo.